sábado, 23 de maio de 2015

Como já dizia Renato, vamos celebrar a estupidez humana...

E viva a espontaneidade humana. Toda a sujeira que nos rodeia. Viva essa reprodutividade instantânea, a falta de empatia que já nasce no autômato pré-programado de hoje. Viva a estupidez daqueles que pensam saber demais, que querem ser mais, que buscam a mesma finalidade dos que os próprios recriminam: a fama. A fama pelo não dito, a fama pela selfie feita, a fama pelo texto recém escrito e incrivelmente pré-julgador, ou julgador mesmo. O ser humano vive naquela eterna chafurdaria de se achar melhor, de conhecer o outro pelo clichê, de marcar um povo inteiro pelo erro de uma única pessoa. Viva essa irracionalidade descompensada de sentir-se superior. Não é porque você fala francês, viu os filmes do Godard e reconhece a obra de Picasso que você é melhor que aquele que levanta às 4h da manhã para ganhar um salário e sustentar 7 bocas. Você que pensa ser melhor se engana, você distorce a si mesmo e seu discurso de igualdade, de crescimento e de globalização. A que preço você perdeu sua essência para tornar-se mais um propagador das mazelas que você mesmo criou?